O leite que não é leite

O leite que não é leite

 

Cerca de 53 milhões de brasileiros relatam sentir algum sintoma desconfortável associado ao consumo de produtos lácteos. Mas o que tem no leite que pode causar tanto incômodo assim?

O saudoso leite da vaca lá da fazenda é composto por carboidratos, proteínas, gordura, sais minerais e vitaminas. Mas as vacas leiteiras criadas pela indústria são tratadas com esteroides e rações geneticamente modificadas. Estes esteroides afetam negativamente o equilíbrio hormonal humano e as rações (soja e milho) contêm pesticidas a antibióticos.

Depois de extraído da vaca, o leite é homogeneizado, pasteurizado, centrifugado, clarificado, filtrado, bactofugado, tratado a vácuo, aquecido e reaquecido várias vezes, desidratado e depois misturado com água.

Só então ele vai para o supermercado “alimentar” nossa família.

O ser humano é a única espécie que consome o leite de outra espécie e, o que é pior, na idade adulta. Naturalmente, nosso organismo não está preparado para digerir o leite da vaca, e com todas as modificações químicas a situação só piora. Nós tomamos leite que não é leite e estamos adoecendo.

As duas situações mais comuns relacionadas ao leite é:

* Intolerância à Lactose

* Alergia a Proteína do Leite de Vaca (APLV)

Mesmo que ambas tenham relação com o leite, elas são bem diferentes. Dá uma olhada...

 

Principais diferenças entre Intolerância à Lactose e Alergia à Proteína do Leite de Vaca

 

1) APLV é a alergia a proteína do leite.

A Intolerância à Lactose é a incapacidade de digerir o açúcar do leite (lactose).

 

2) APLV é um tipo de alergia alimentar mais comum em crianças até 24 meses.

A Intolerância à Lactose é mais comum em adultos.

 

3) A Intolerância à Lactose: A reação no organismo depende da quantidade consumida. Ou seja, quanto mais comer, mais vai passar mal.

Já na APLV o mínimo consumido já pode causar reações significativas.

 

4) Na APLV a reação acontece no Sistema Imunológico.

Na IL a reação acontece no Sistema Digestivo.

 

5) Os sintomas da APLV são: Refluxo, inflamação do esôfago, inflamação do estômago, diarreia, vômito, dores abdominais, baixo ganho de peso, dificuldades de crescimento.

Os sintomas na IL são: náusea, dores abdominais, diarreia ácida e abundante, gases e desconforto. A severidade dos sintomas depende da quantidade ingerida e da quantidade de lactose que cada pessoa pode tolerar. 

 

TRATAMENTO

  • Intolerância à Lactose

 

A intolerância à lactose não é uma doença. É uma carência do organismo que pode ser controlada com dieta e medicamentos.

Um paliativo que a indústria conseguiu produzir em laboratório através do fungo Aspergillus spp é a enzima lactase. Contudo, não é indicado consumi-la frequentemente. Se o uso for diário, com o passar do tempo, pode ter a chance de causar dano na permeabilidade intestinal e abrir portas para outras sensibilidades.

No caso das crianças, alguns fabricantes recomendam o uso a partir dos 5 anos de idade. Mas, cuidado, a recomendação é a mesma. O uso deve ser apenas eventual. Nada de tomar lactase todos os dias.

 

  • APLV

 

A base do tratamento é a RETIRADA COMPLETA DO LEITE E DERIVADOS DA DIETA DO ALÉRGICO, em alguns casos, a retirada também deve ser feita da dieta da mãe, caso esteja amamentando – mas sempre com orientação do alergista.

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